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Mostrando postagens de março, 2011

SOLIDÃO

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Alceu Valença já cantava:                           "A solidão é fera, a solidão devora.                        É amiga das horas prima irmã do tempo,                        E faz nossos relógios caminharem lentos,                      Causando um descompasso no meu coração. " (...) A solidão  pode ser um estado de quem se sente desacompanhado ou só, mesmo estando rodeado de pessoas. Segundo Pedro J. Bondaczuk, a solidão é caracterizada pela falta de comunicação real e verdadeira dos nossos mais ocultos e inquietos sentimentos. Nossas emoções são tão abrangentes e individuais, que não conseguimos nem explicar com palavras o seu teor. Estar só pode se tornar doloroso à pessoa, pois a questão não é estar e sim se sentir só. A falta ou deficiência de relacionamento são um dos fatores para que a pessoa esteja sempre à procura de preencher este vazio que insiste em acompanhá-la. Algumas pessoas não conseguem interagir com os demais se sentindo sempre só, ou

SIGNIFICANTE

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A criança está na linguagem antes mesmo dela falar, ou seja, quando é falada pelo Outro. A linguagem é a estrutura do inconsciente. O significante representa um sujeito para outro significante. Desta forma, o significante é uma imagem acústica que remete cada sujeito a um lugar distinto. Ex: a palavra livro é um signo por ter um significado, o conceito e um significante, a imagem acústica “livro”. Desta forma podemos dizer que o inconsciente é estruturado como uma linguagem. Assim, o significado é o sentido e este é o deslizamento infinito de significantes no inconsciente. Um sujeito barrado ($), é um sujeito castrado, é o sujeito do inconsciente. Um significante passa para outro indefinidamente, porém quando o terapeuta faz um corte, o significante vai para outro sentido e outra cadeia. O inconsciente está sobre as regras da linguagem, desta forma o analista não ouve e sim lê, por isso da metáfora (uso de comparação sem que dois termos tenham conexão) e metonímia ( empre

PSICANÁLISE LACANIANA

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Jacques-Marie-Émile Lacan, nasceu em Paris, em 13 de abril de 1901. Estuda psiquiatria e se torna um estudioso sobre a psicose paranóica, iniciando assim sua tese de doutorado com o caso intitulado “Caso Aimeé”. Em 1936, faz sua conferencia sobre o estádio do espelho, no Congresso da Associação Internacional de Psicanálise (IPA), contudo é em 1938 que Lacan se associa a psicanálise de Paris. O “Caso Aimeé” é o marco de sua entrada na psicanálise, sendo fiel aos ensinamentos de Freud, estabelece a referência que acompanhará em qualquer época a formação de uma topologia dos três registros: Real: É algo sem representação, sem forma, um verdadeiro furo, uma falta que não cessa. É ausência de sentido, o impensável, que não pode ser simbolizado Simbólico: O registro da cultura, da ordem social se efetua no nível simbólico através do qual se viabiliza o processo de trocas. É a partir do desenvolvimento do simbólico que o sujeito elabora o que percebe do seu mundo. T

TABULA RASA

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RESENHA O psicólogo e lingüista canadense, Steven Pinker, relata e contesta em sua obra Tabula Rasa a ascendência na vida intelectual do ser humano. Ele acredita que apesar da psicologia não ser tão politizada quanto alguma das outras ciências sociais, a revolução cognitiva em meados da década de 50, tudo mudou, sendo possível entendermos que muitos princípios da tabula rasa, que outrora pareciam atraentes, hoje são desnecessários ou mesmo incoerentes. O comportamento não é apenas emitido ou evocado, e també   não provém diretamente da cultura ou da sociedade. Ele emerge de uma luta interna entre módulos mentais com diferentes destinações e objetivos. O comportamento pode variar entre as culturas, mas a estrutura dos programas mentais que geram o comportamento não precisa variar. O comportamento inteligente é aprendido com êxito porque temos sistemas inatos que incumbem do aprendizado. Se pensamento e ação são produtos da atividade física do cérebro e podem ser afetados

PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO?

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Os ditados populares são as expressões que através dos anos se mantém imutável, aplicando exemplos morais, filosóficos e religiosos, sendo estes parte importante de cada cultura. No caso em pauta, o dito popular: “Pau que nasce torto morre torto”, traz o entendimento de que o indivíduo nasce com um problema comportamental e que isso seria uma condição irreversível no transcorrer de toda a sua existência, como se o problema dessa natureza, ou seja, o moral, fosse genético, deixando a entender que o comportamento de uma pessoa será sempre o mesmo, não sofrendo qualquer interferência sócio-cultural e religiosa do meio. Para Jean Piaget, o meio tem funções importantes para o desenvolvimento da pessoa. Poderíamos dizer que ele se enquadra na vertente conhecida como interacionista , defendendo a idéia de que a interação entre indivíduos e o meio (físico, social, histórico, cultural) é que constrói as características do sujeito. Piaget, a partir da observação cuidadosa de seus fil