Por Rosângela Roseli Riquena
RESENHA - AMOR LIQUIDO
No livro AMOR LÍQUIDO de Zygmunt Bauman, ele faz uma análise do cotidiano de
relacionamentos amorosos e assim entendermos a liquidez contemporânea.
A obra de Bauman mostra que as pessoas não se firmam em
relacionamentos, pois as sanches de surgir outro relacionamento melhor fazem
com que esta pessoa não queira se engajar em nenhum compromisso. Desta forma,
as relações sociais, também se tornam líquidas, pois a dificuldade de
estabelecer relacionamentos duradouros é grande, tornando a palavra vínculo retrógrada.
Nos dias atuais a conexão em redes sociais faz com que em
um clique você se torne amigo de alguém, fazendo parte de sua vida virtual, até
que com o mesmo clique você deixe de existir na vida desta pessoa.
Assim ocorre nos sites de relacionamentos, havendo uma
troca de parceiros com a rapidez de um clique.
Para uma explicação Bauman utiliza em AMOR LÍQUIDO as
categorias:
Parentesco: Laço sanguíneo,
sendo algo que nos é imposto desde nosso nascimento. Assim, parentes são para
sempre, tendo em alguns casos a obrigação e direito que a lei nos coloca.
Afinidade: É a escolha, sendo
algo reversível. Porém , o objetivo da afinidade é ser como parente.
Bauman afirma em AMOR LÍQUIDO que a afinidade está se
tornando descartável, não havendo o desejo de firmar laços equivalentes a de
parentes, não há objetivo de ter sinceridade no amor.
O autor ainda acrescenta que o amor próprio é resultado
de ser amado. Quando a opinião de alguém faz toda a diferença na vida de outra
pessoa, ela se percebe especial e digna de amor.
Nós nos amamos quando nosso ego se identifica com o outro
e assim há uma troca de sentimento amoroso, desta maneira, o indivíduo consegue
colocar em prática o que Bauman diz ser “amar o próximo como a ti mesmo".
O que o autor fala pode se estender pelos setores da política e da sociedade como um todo, sempre prevalecendo a decisão individual, não pensando no que é bom coletivamente.
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