OS 13 PORQUES- REFLEXÃO



                                      Por Rosângela Roseli Riquena


Baseado no best-seller de Jay Asher, a série original Netflix 13 Reasons Why, relata a história de Hannah, adolescente que comete suicídio, deixando 13 fitas com os motivos que a levaram a isto.
No decorrer da história são abordados os assuntos de abuso de álcool, droga, machismo, homofobia, relacionamentos abusivos, bullying e estupro.
Hannah, a personagem principal, apesar de morta, continua na trama, conseguindo de alguma forma fazer parte daquela sociedade tão hostil em relação a si.
O filme é uma grande reflexão sobre dramas que os adolescentes passam e sentem vergonha ou até mesmo medo de expor e não ser compreendidos.
Na história de cada agressor, há uma história de agressão de alguma forma. Seja ela interior, seja ela do ambiente onde vive.
Existem preocupações de alguns, pelo fato do filme poder incitar adolescente ao suicídio. Mas há também quem diga o quanto foi necessário para que pais e professores abrissem os olhos para esta possibilidade.
Quantas Hannah’s estarão por aí, com vergonha, medo e pensamentos destrutivos?
O suicídio foi a tentativa de matar cada um dentro de si, já que cada tentativa de  ajuda foi em vão.
A adolescência é a perda do corpo infantil, é a busca de uma identidade, já que há momentos que será criança e outros em que estará “grande” para tal comportamento.
Perde-se nesta fase, a atenção dos pais da infância, assim como os papeis da infância. Há uma transferência de parte da dependência familiar para o grupo de amigos.
Há uma busca de segurança constante, mas alguns problemas se tornam insolúveis, tendo um humor flutuante e ou tendência antissocial.
Para um indivíduo saudável, há que se ter um ambiente da mesma qualidade, sendo necessário a atenção de pais e professores para ser possível a identificação das dificuldades e compreensões dos adolescentes. O indivíduo é fruto do meio.
Não focarei no suicídio de Hannah, mas em todas as questões que foram abordados nesta série, que ao meu ver é de responsabilidade social.
Regras não são nem de perto mostradas em nenhum momento. A própria escola tem um nome bem peculiar, Liberty. Dar liberdade, não significa que os pais amam e sim que não se importam.
Sinais são dados o tempo todo, mostrando que algo não vai bem, mas tanto pais como a escola ignoram. O aluno que usa droga é advertido pelo seu técnico, apenas com uma fala sobre seus olhos vermelhos. O estuprador da turma, está sozinho em casa, enquanto os pais estão viajando. A protagonista avisa que sairá a noite para andar e sua mãe apenas a adverte para levar um casaco por conta do frio. O coordenador da escola foi advertido sobre a intenção de suicídio de Hannah, mas também não levou a sério, pedindo para que seguisse a vida.
Apesar dos exageros, algumas das situações da série são vividas e sofridas na vida real.   

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