POR QUE AS PESSOAS SONHAM




Por Rosângela Roseli Riquena



O marco da grande história de Freud foi sua obra “A Interpretação dos Sonhos” (1900), a qual fez com que a ciência voltasse  sua atenção com novo olhar após a publicação desta.

Através dos estudos feitos, foi possível constatar que o fenômeno sonhar, traz o inconsciente de uma maneira reveladora e acessível para estudos, tendo a aceitação da afirmação de Freud de que, os sonhos são o caminho para a estrada que leva aos recessos inconscientes e obscuros da mente. O sonho é um fenômeno regressivo; o qual nos devolve aos estados primitivos da infância. No entanto, não podemos esquecer que  o sonho  são restos do dia.

 Mas o que dizer sobre os sonhos estranhos?

 A ciência dirá que estes sonhos surgem do nosso inconsciente, local onde são armazenadas todas as lembranças e experiências que temos ao longo de nossas vidas. Desta forma, o sonho é um retrato do nosso mundo interior.

Nós temos dois tipos de sono: NREM (No Rapid Eye Movements) e REM (Rapid Eye Movements), onde se observa uma variação no Sistema Nervoso Autônomo, neste momento, as informações que estão armazenadas são concatenadas de maneira incomum, pelo fato do cérebro estar em alta atividade nessa fase, contudo os órgãos dos  sentidos não estão ativados como quando acordados, desta forma as memórias mais evidenciadas, ou seja, os sonhos inéditos seriam uma “metáfora” de experiências vividas.
 
Mas para que sonhamos?

O sonho tem a função de nos levar a simular comportamentos de recompensa (os bons), assim como de punição (os pesadelos), os mais evitados. Esta tese vai de encontro com a ideia freudiana de que os sonhos é a satisfação do desejo do id. Em estado de vigília, o ego esforça-se para proporcionar prazer e reduzir o desprazer durante o sono, a ausência de aprazimento são apurados, associados e arranjados de maneira que a sequencia do sonho permita uma satisfação adicional ou redução de tensão.

Freud foi capaz de mostrar que a elaboração onírica é um processo de seleção, distorção, transformação, inversão, deslocamento e outras modificações em um desejo original, tornando tal desejo aceitável ao ego, mesmo que o desejo não modificado seja totalmente inaceitável pela consciência em estado de vigília. A permissividade dos sonhos, trás uma tolerância de ações que estão além das restrições morais de nossa vida de vigília, observou Freud.
            Na psicanálise, o paciente é ajudado a interpretar os sonhos a fim de recuperar o material inconsciente. Freud deixa claro que as interpretações devem ser personalizadas.

 

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